Candidato a deputado federal pelo PV apresenta suas propostas
CARATINGA – Desde o início da campanha eleitoral, Pedro Leitão (PV) tem levado suas propostas a diversas cidades de Minas Gerais. Pedro concorre a uma vaga na Câmara Federal. O candidato tem seu nome ligado a área de educação, inclusive já foi secretário dessa pasta em Caratinga, mas atua em outros setores. Exerceu a função de secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e depois foi secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.
Em sua análise, a região de Caratinga está ressentindo por falta de força política, e esse foi um dos motivos que o levou a se candidatar a deputado federal. “Sem força política a gente vai continuar patinando, e a nossa região precisa mudar de patamar e, a gente só vai conseguir melhorar, através de um processo de renovação”, pondera Pedro Leitão.
Nessa entrevista, o candidato fala sobre suas concepções políticas e apresenta suas propostas. “Nós estamos desperdiçando nossa juventude, justamente por não termos um projeto que incentive os estudos e o trabalho para esses jovens”, alerta o candidato.
Fale um pouco sobre você?
Meu nome é Pedro Cláudio Coutinho Leitão, 45 anos. Sou formado em Administração e Comunicação, tenho Mestrado em Gestão e Doutorado em Gestão do Conhecimento. Tenho dois filhos, a Júlia de 14 anos e Rafael de 10 anos. Nasci em Caratinga, sai de casa com 14 anos pra estudar. Aos 17 anos consegui meu primeiro emprego no Banco Real, trabalhei no banco por cinco anos, e nesse período fui promovido mais de quatro vezes. Sai do banco para voltar pra Caratinga e ajudar meu pai, Cláudio Leitão, na Instituição. Criamos a Doctum e participei da implantação de todas as unidades fora da cidade.
Por que você decidiu se candidatar a deputado federal?
Eu decidi me candidatar a deputado federal, porque eu vejo, primeiro, que a nossa região está ressentindo por falta de força política. Eu vi outras regiões do Estado de Minas Gerais, que tem mais força política e conseguem mais investimentos e mais oportunidades. Eu também percebi que não adianta ser só um bom gestor, a gente tem que influenciar nas decisões que definem pra onde as coisas vão, o que deve ser prioridade.
Ser deputado federal é uma oportunidade de representar, politicamente, o nosso interesse, que muitas vezes são negligenciados. Eu acredito que dá pra fazer muito mais. Sem força política a gente vai continuar patinando, e a nossa região precisa mudar de patamar e, a gente só vai conseguir melhorar, através de um processo de renovação.
Quais são suas experiências na vida pública?
Eu fui secretário de Educação de Caratinga, e durante a gestão, conseguimos fazer a maior elevação do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em toda a região e em toda a história de Caratinga. Foi o maior aumento de qualidade. Depois fui secretário de Desenvolvimento Econômico, coloquei Caratinga em primeiro lugar no Estado em eficiência na abertura de empresas. Depois fui secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, secretaria que foi mais bem avaliada do governo. E pude desenvolver vários projetos como certificação do queijo, de orgânicos. Pude promover o fortalecimento da agricultura no estado. Toda essa experiência na vida pública me mostrou que, aplicando uma boa gestão, com bom senso e a participação das pessoas, é possível fazer muita coisa.
Guimarães Rosa disse “Minas, são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” Quais as faces de Minas que você pôde conhecer durante o período que esteve à frente da Secretaria de Agricultura do Estado?
Eu pude conhecer o Estado de Minas Gerais e ele é muito diverso. Eu fui em regiões mais carentes, como o Norte de Minas, mesmo assim, em desenvolvimento por causa da força política. Conheci o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba, que é a parte mais rica do estado, com uma agricultura muito desenvolvida, com muita tecnologia, e que também tem uma grande força política. Foi comparando as regiões, que percebi o quanto a nossa região tem enorme potencial, mas está estacionada. O Leste de Minas é a região que menos cresce no estado. E falta gente pra pode brigar, puxar investimentos para cá. Criar um projeto de desenvolvimento Regional e isso sem força política fica muito difícil.
Muitas famílias da região ainda dependem da agricultura como forma de sustento. O que pode ser melhorado nesta área?
Tem muita coisa que dá pra melhorar na nossa agricultura. Eu vejo basicamente, pela diversificação da agricultura. Eu acredito que a gente pode desenvolver outras culturas. Nós podemos valorizar o nosso café. O nosso café precisa ser aprimorado, ganhar um outro status de qualidade. Melhorar a renda do produtor de café. Mas tudo isso passa pela implantação de tecnologia. O campo sem tecnologia não consegue aumentar o seu rendimento. A tecnologia no campo precisa de fomento público e ele precisa de parceria privada. Nesse ponto a nossa região ainda está muito atrasada.
O que você fará como deputado por Caratinga?
A primeira providência, que eu tenho certeza, é fazer uma nova política. A gente precisa parar de prometer coisas, enrolar os outros, mas liderar um processo de desenvolvimento regional. Precisamos de força política, desenvolver projetos, buscar, em todos os ministérios, possibilidade de aumentar todas as oportunidades pra nossa juventude. Precisamos fortalecer a bancada da Educação no Congresso Nacional. A educação ainda é, na minha opinião, um assunto que precisa ser colocado como central no país. Temos que fortalecer muito a educação básica, principalmente os anos iniciais. Um grande projeto de inovação a partir do conhecimento. Eu acredito hoje, que um grande gargalo é a falta de oportunidade pro jovem.
Nós estamos desperdiçando nossa juventude, justamente por não termos um projeto que incentive os estudos e o trabalho para esses jovens.
Como professor, qual seria o primeiro passo para uma educação de mais qualidade na rede pública?
Eu acredito que precisamos de uma base da curricular comum. Seleção e capacitação dos professores, usar as tecnologias a distância pra unificar uma agenda de evolução da educação pública. Precisamos reformular o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), pra garantir mais investimentos na educação. Um fundo previdenciário para os professores aposentados, pra isso não comprometer recurso de investimento na educação e estabelecer metas. Já existe meta de IDEB, mas pode ter um acompanhamento mais sistemático em relação a evolução da educação. Inclusive com escolas desenvolvidas ajudando outras escolas. Outra ação importante é mapear as melhores experiência em educação para valorizar e, ao mesmo tempo, compartilhar essas experiência em outros locais. Temos também, que identificar lideranças nas nossas unidades educacionais. Outra ação importante é reinventar e integrar a escola com as comunidades.
Você faz parte da coligação do candidato ao governo Adalclever Lopes. Como é seu apoio a ele e vice-versa?
O Adalclever me incentivou a entrar na vida pública. Ele quem me indicou para secretário de Estado de Agricultura. Ele mesmo fala que foi a melhor indicação que já fez no governo. Eu sou grato a ele por isso. A candidatura do Adalclever a governador é muito importante, não só pra nossa região mas pro Estado também, para sair dessa dicotomia entre PT e PSDB, e poder unificar o estado em cima de questões importantes. Ele demonstrou, como presidente da Assembleia Legislativa de Minas, firmeza, diálogo, capacidade de articulação, e, principalmente a capacidade de conversar com todos os lados pra buscar um bom entendimento.
Qual avaliação você faz da campanha até o momento?
Minha avaliação é muito positiva, não esperava que a campanha tomasse uma proporção tão grande. A gente tem recebido apoio de lugares diversos do Estado. Lugares inclusive que eu nunca fui. O Partido também está me ajudando muito. Eu acredito que o sentimento das pessoas é de renovar o Congresso Nacional. A gente não pode assistir a tudo isso e permanecer com os mesmos representantes. Está na hora de colocar gente nova, novas ideias e a região tem a oportunidade única de ter um filho de Caratinga, que mora em Caratinga, que tem uma história em Caratinga representando a nossa região e representando também a renovação do Congresso Nacional. Eu estou muito feliz, e estou muito confiante. Mesmo sendo difícil você renovar o congresso com as regras atuais, a gente vai poder fazer parte dessa onda de renovação dos que vão entrar pela primeira vez
Por que votar em Pedro Leitão?
Primeiro por que sou candidato pela primeira vez, e precisamos votar em pessoas que tenham uma trajetória. Que já mostrou que, onde passa, deixa resultados. Eu represento uma nova política. Precisamos colocar pessoas que querem desenvolver esse país. Ligado a área da educação. Precisamos de pessoas com capacidade de elaborar e fomentar projetos de desenvolvimento. Eu acredito que temos uma chance de votar numa candidatura que realmente vai fazer a renovação que o Congresso precisa.