CARATINGA – Morreu de causas naturais, na madrugada de ontem, José Carlos Gomes, 74 anos, o ‘Cacau’. Ele foi goleiro do Esporte Clube Caratinga durante sua época áurea e conquistou títulos pelo clube.
O velório aconteceu durante a manhã e parte da tarde de ontem na capela velório do bairro Santa Zita. Logo em seguida, foi realizado o sepultamento no cemitério São João Batista.
A respeito da trajetória do ex-jogador, o colunista Rogério Silva escreveu o seguinte texto:
“Um goleiraço chamado Cacau!
A quinta-feira (20 de setembro) amanheceu triste para o futebol regional. Ex-jogadores, dirigentes, torcedores, desportistas em geral receberam com muita tristeza a notícia da morte do grande Cacau. Um dos maiores nomes da história de nosso futebol.
José Carlos Gomes nasceu em 29 de agosto de 1944 em Leopoldina (MG). Antes de desembarcar em Caratinga pra fazer história, jogou no Ribeiro Junqueira time de sua cidade natal, depois pelo Comercial de Ribeirão Preto (SP), Tupi de Juiz de Fora, Democrata de Governador Valadres. Em 1966, chegou a Caratinga pra vestir a camisa 01 do Esporte Clube Caratinga. Cacau lembrava com orgulho sua estreia com vitória por 1 a 0 contra o 1º de Maio de Ponte Nova. A formação inicial teve: Cacau, Joani, Jairão, Tutuca, Quincas, Neném Homem (que depois foi jogar no Vasco e em Portugal), Pingo e Luizinho, Macumba, Artuzinho (autor do gol) e Renato.
Tive a oportunidade de entrevistar e prestar uma homenagem a Cacau no programa Abrindo o Jogo. Comovido, ele contou boas histórias e falou de jogos emocionantes. Contra o Bonsucesso do Rio de Janeiro, depois de uma grande atuação, foi emprestado ao time carioca para uma excursão pela Américas. México, Peru, Bolívia e Guatemala foram alguns dos países que o goleiro atuou defendendo o Bonsucesso. Contra o Cruzeiro, no Mineirão, pelo Campeonato mineiro vestindo a camisa do Democrata, Cacau encarou o poderoso ataque cruzeirense com Tostão e Natal. Atuando pelo Rubro Negro, o goleirão faturou os regionais de 1974/79. Ainda ganhou o Regional num jogo épico contra o Democrata em Valadares pelo Dragão.
Cheguei a vê-lo em ação já no final da carreira defendendo o gol do América. Porém, tive a sorte de ser amigo de Cacau e ver que além de um craque dentro de campo, no dia a dia, se tratava de um homem generoso, carismático, de uma educação acima da média. Não por acaso, colecionou muitos amigos ao longo de sua vida.
Valeu Cacau! Obrigado por tudo!”