CARATINGA – Empresário, apresentador de TV, pastor da Igreja Batista da Lagoinha, Vanderlei Miranda (MDB) concorre a mais um mandato na Assembleia Legislativa. Ele iniciou sua carreira política em 1992, como membro do PTdoB. Transferiu-se para o PSB em 2003, quando se elegeu vereador em Belo Horizonte, tendo sido o segundo mais votado, com 17.936 votos. Em 2005, filiou-se ao MDB e está em seu terceiro mandato como deputado estadual.
Na última segunda-feira (17), o deputado esteve em Caratinga e a visita fez parte de sua agenda de campanha. O candidato visitou a redação do DIÁRIO, onde concedeu uma entrevista.
Onde o senhor nasceu?
Sou da região. Mais precisamente de Tabajara, distrito de Inhapim, não só Caratinga tem sido alvo da minha atenção, como também a terra do meu pai, que é Pocrane e está perto. Taparuba também. São cidades da região que temos buscado dar atenção.
Como tem sido a campanha do senhor?
Essa campanha tem sido diferente. Primeiro eu sempre tive certo cuidado ao fazer minha campanha em Caratinga em respeito a um companheiro de partido que tem votação na cidade, sempre trabalhou aqui, e por causa disso meio que ‘pisei em ovos’, não querendo trazer algum tipo de constrangimento nessa boa relação que a gente tem no partido. Como esse companheiro anunciou que não seria mais candidato a deputado estadual, então falei ao Rominho (vereador): “Rominho, vamos entrar nesse vácuo e trabalhar de forma bem aberta, vamos mostrar que estamos trabalhando pela cidade”. Agora estamos buscando uma resposta da cidade para essa nova eleição, para esse desafio que temos aí.
A caminhada tem sido positiva?
O que tenho encontrado no primeiro momento até dizer que é um pouco surpreendente, mas também é resultado de uma semeadura que vem sendo feita ao longo de 12 anos e a gente tem encontrado na cidade uma resposta muito positiva, agradável, por onde temos andado as pessoas tem manifestado apoio. Então percebo que a campanha ganhou uma musculatura muito boa na cidade em função dessas adesões que estamos tendo. Imagino que não poderia ser diferente, nossa proposta é continuar dando esta atenção. Chego a Caratinga com a tranquilidade de ter serviço prestado, não estou chegando para fazer promessas para ninguém o trabalho está aí, é visível, temos o testemunho da cidade e isso me deixa muito a vontade para sair às ruas e hoje claro diante do momento que estamos vivendo e principalmente a todo esse mar de lama, tenho a tranquilidade de dizer que posso sair nas ruas olhar no olho das pessoas sem ser constrangido, sem a preocupação de ser confrontado na minha moral, na minha conduta, porque tenho buscado ao longo de 14 anos de vida pública fazer um trabalho sério, transparente e honesto.
Em sua opinião, como o homem público deve se comportar?
Defendo que a obrigação não deve virar virtude. Não é mais que a obrigação de homens públicos sermos e nos comportarmos dessa forma; mas é tão lamentável o momento que a gente está vivendo, que aquilo que é obrigação acaba se transformando numa virtude. Creio que àqueles que podem pegar um avião e ir até qualquer lugar sem ser achincalhado, andar pelas ruas da cidade, parar e conversar com as pessoas, sem a preocupação de ouvir palavras nada agradáveis. Creio que alguns ainda podem fazer isso e dou graças a Deus por poder me incluir entre esses alguns que ainda podem transitar tranquilamente pela cidade sem essa preocupação. Moro em Belo Horizonte, capital do nosso estado, onde tenho uma grande votação, tanto na cidade, quanto na região metropolitana, costumo dizer que posso ir a qualquer shopping em Belo Horizonte, almoçar com minha família aos domingos sem me preocupar, posso ir a qualquer ambiente aberto sem me preocupar. Agora tudo isso é uma construção ao longo da vida, de uma caminhada que é não somente no tempo do exercício da vida pública, que tenho tido essa preocupação, é a ao longo da minha vida. Aprendi isso com meu pai, que era um homem muito simples, deixou uma grande herança para os filhos e essa herança se resume em basicamente duas coisas: simplicidade e honestidade.
Por que o eleitor deve votar em Vanderlei Miranda?
Tenho falado em várias oportunidades onde sou convidado que algumas coisas devem ser observadas em um candidato. Eu creio que é muito importante que conheçamos a história do candidato, e hoje está muito fácil porque aqui mesmo sobre essa mesa de entrevistas esses aparelhos, os telefones celulares, toda informação que eu quiser tenho dentro de um aparelho como esse. Então primeiro: busque conhecer a vida do candidato e eu coloco a minha vida para ser investigada, para ser estudada, vasculhada, por qualquer pessoa que queira votar em mim. Não tenho nenhuma preocupação que a pessoa pesquise quem sou eu. Creio que seu eu tiver que dar um motivo para uma pessoa votar em mim, o motivo deverá ser esse, conheça minha vida, não acredite somente no que estou dizendo, busque saber de fato.
No período de eleição sabemos que aparecem os chamados paraquedistas na cidade, e é o que não falta em Caratinga por ser uma cidade grande, importante, um polo comercial forte, então Caratinga atrai todos àqueles que estão em busca do voto. Olhe se o candidato tem serviço prestado na cidade, não estou querendo monopolizar o voto de ninguém, mas se a escolha se der por esse aspecto quero crer que terei atenção do eleitor. Veja se essa pessoa está aqui prometendo o que prometeu na eleição passada e não fez. Como hoje (segunda-17) por uma questão de ética não vou citar nome, andava pela cidade, e determinado candidato fazia um barulho tremendo, prometendo fazer no próximo mandato o que prometeu neste e não fez. Acho que é isso que população deve observar, primeiro a história do candidato, se ele é ficha limpa ou folha corrida? Porque nessa eleição só tem dois tipos de candidatos para escolher, é o que tem currículo e o que tem folha corrida, não tem meio termo aí.
No dia 7 de outubro quando as pessoas forem votar não estarão simplesmente teclando um número, estarão entregando o destino delas nas mãos daqueles conduzirão esse destino. Isso é muito sério, preciso pensar muito em quem vou depositar meu voto, vamos ter no máximo um minuto para votar em todos os candidatos. É um minuto para votar e quatro anos para se alegrar ou lamentar. Vejo muitas vezes pessoas saindo às ruas com faixas, cartazes, megafones, ‘abaixo isso’, ‘abaixo aquilo’, mas é uma perda de tempo fazer isso após a eleição, porque a grande oportunidade que tenho de fazer fora fulano, fora beltrano, é agora quando vou à urna. Me coloco a disposição da população, querendo continuar fazer trabalhando que tenho feito e se possível melhor, e pra isso claro vamos depender desse voto e dessa resposta da população, mas é sempre bom procurar saber quem é o candidato que você está escolhendo para governar a vida da sua vida, da sua família. Se esse governadores forem maus como muito tem sido até aqui a resposta será ruim. Tenho defendido que o candidato ideal é o que tem compromisso com a cidade, a preocupação deve ser buscar o bem das pessoas. É uma escolha que faremos, a vida é feita de escolhas.