Aproximando-se as eleições, somos levados a decidir em quem votar. A crise brasileira – saúde, educação, segurança e mais – agravada pela corrupção dos políticos, evidenciada na Lava Jato, tem tirado a esperança dos brasileiros. A classe política desacreditada tem gerado um clima de incerteza nos eleitores. Até o STF que devia dar-nos mostras de retidão e justiça, tem decepcionado.
Talvez por essa desilusão que atinge todos nós, é que Jair Bolsonaro está à frente dos outros candidatos para presidente, segundo pesquisas. Por não pertencer a esse grupo de corruptos e não ter ranço de desonestidade que marca os antigos eleitos, ele tem angariado a simpatia de grande parte do povo que deseja mudança, longe dos moldes de gestões passadas. E para agravar mais a situação conflituosa do país, Bolsonaro sofreu um bárbaro ataque empreendido pela intolerância e pela maldade enodoando a democracia e sendo reflexo de um país em decadência ética, moral e social. Como se não bastasse, Lula e o PT andam orquestrando uma verdadeira comédia de danos ao tentarem manter a candidatura de um presidiário.
Em meio a tanto desequilíbrio, temos de escolher em quem votar. A primeira reação que temos visto é que nenhum candidato tem qualidades para nos representar. Ouvimos propostas, assistimos às propagandas, ouvimos opiniões, mas aquele entusiasmo por um candidato que possa carregar a nossa certeza, não tem existido. E muitas pessoas dizem que não querem votar em ninguém. Então surge a ideia de que haverá grande abstenção. Daqueles que não querem votar e daqueles, menos letrados, que terão dificuldade em escrever tantos números e escolher entre tantos candidatos. Por exemplo, votar em dois senadores, sendo que pouco se viu falar neles.
Gente preocupada com o futuro do Brasil costuma nos alertar para que prestemos bem atenção nos candidatos antes de escolher. Diante do quadro de insatisfação e insegurança, em quem poderemos votar certos de que vamos eleger o melhor? Em quem poderemos confiar? Tantas mentiras, tantos fake news, tanta incoerência, que teremos de prestar muita atenção, conversar com pessoas bem intencionadas, ler muito, e depois votar com fé em Deus. Só Ele poderá olhar pelo Brasil e inspirar os eleitores.
Marilene Godinho