Na última semana, visitando um de meus clientes e parceiros, o Grupo Mais Café, conversando com dois amigos Bruno e Richardson, me dei conta de quanto falar de futebol é gostoso, e principalmente de histórias e “causos” produzidos pela grande paixão que é o mundo da bola. O tempo passa é a gente não vê. A profissão que abracei há 22 anos tem me proporcionado a cada dia aprender e conhecer mais e mais histórias. Algumas passagens são inesquecíveis. Como o dia em que tive a oportunidade de gravar meu programa de TV Abrindo o Jogo com Reinaldo, o eterno ídolo atleticano e do futebol brasileiro. Um gênio da área que segundo Zico, foi quem mais se aproximou de Pelé. Romário já disse por diversas vezes que saia de casa só pra vê-lo jogar quando o Atlético estava no Rio de Janeiro. Lá se vão quase cinco anos dessa entrevista. Porém, o papo com o “Rei” foi um dos melhores momentos da minha carreira. Isso porque o craque demonstrou humildade, generosidade e não fugiu de nenhuma pergunta. Realmente um momento especial na carreira de qualquer um.
Hora de voltar ao normal
Depois da Copa do Mundo, agora é hora de voltar as atenções para nossa realidade. Como previa, no Mundial não assistimos nenhuma grande novidade tática ou alguém jogando um futebol maravilhoso que encantasse o mundo. Porém, assistimos bons jogos e grandes craques em ação.
Sem esses craques, e com nossos poucos jogadores de qualidade se transferindo para o exterior, o que podemos esperar de nossos times mineiros no restante da temporada? Do América sinceramente espero que tenha força suficiente pra se manter na primeira divisão é já estará muito bom. Pelos lados atleticanos, depois de perder seu melhor jogador para a China, e ver outros saírem também, confesso que espero apenas uma temporada digna sem susto pelo menos para o torcedor. No Cruzeiro, apesar das dívidas e protestos na FIFA, o elenco é melhor que dos rivais. Acredito que poderá lutar por mais um título pelo menos.
“Allez les Bleus”
A seleção francesa não chegou a Rússia entre as três favoritas. Porém, ampliando a lista para cinco favoritos certamente os “azuis” estavam. Com um grupo jovem, embora experiente em jogos grandes, o time chegou pressionado pela derrota em casa para Portugal na Eurocopa, e carregando uma certa desconfiança da torcida também. Na minha humilde opinião, a França não apresentou o melhor futebol da Copa. Até porque não consegui ver em nenhuma das seleções nenhuma grande inovação tática ou futebol encantador. Pra mim, a Bélgica jogou em determinados momentos o futebol que gosto mais de assistir. Obviamente como para a grande maioria das pessoas o mais importante é vencer, o título francês é muito merecido. Sem dúvida foi a equipe mais equilibrada. Para cada disparada de Mbappé, tem uma recuperação de Kanté; para cada movimentação de Griezmann, tem um corte de Varane, uma cobertura de Umtiti, uma presença de Lloris, uma subida preciosa de Pavar, A França chamou a atenção não só pelo talento de seus jogadores ofensivos, mas principalmente pelo equilíbrio demonstrado entre os setores. Sem dúvida o título está em ótimas mãos. Venceu quem era melhor. Mas, a Croácia precisa ser reverenciada e muito. Afinal, um técnico que assumiu no desespero, pouco conhecia os jogadores e era conhecido em seu país. Um currículo pobre de conquistas. Mesmo assim, fez um grande trabalho com uma seleção de muito talento principalmente no meio campo.
Rogério Silva
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