Vereador cobra providências da Copasa para solucionar problemas provocados pelo período de escassez hídrica em Caratinga
CARATINGA- Na edição desta sexta-feira (6), o DIÁRIO DE CARATINGA trouxe dados da pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) 2017, que em dos seus estudos trata dos desastres naturais. O documento cita que Caratinga foi atingida por seca mais severa em 2015 e no questionamento sobre o que está sendo feito no município para evitar ou minimizar os danos causados pela seca, a única medida adotada foi distribuição regular de água através de carros-pipa em épocas de estiagem (situações de emergência).
Houve uma grande preocupação com a situação hídrica em Caratinga neste período, mas poucas ações efetivas para evitar ou minimizar os efeitos de uma possível seca no futuro. Em outubro de 2017, a Copasa de Caratinga afirmou que a construção de um reservatório não estava descartada e que já haviam sido detectados dois possíveis barramentos, seis quilômetros acima de Santa Luzia que estavam passando por análises e estudos de viabilidade.
No dia 9 de novembro de 2017, a Copasa assinou Termo de Responsabilidade e Compromisso se comprometendo, dentre outras questões, a iniciar imediatamente estudos técnicos no sentido de verificar a viabilidade de construção de barragem de regularização/acumulação na micro bacia do Ribeirão do Lage na busca da garantia, a longo prazo, do abastecimento de água à população de Caratinga. Sem respostas sobre esta questão, a Câmara de Vereadores de Caratinga encaminhou no dia 28 de novembro daquele mesmo ano ao governo, pedindo apoio e interferência junto à Copasa para cumprimento deste termo.
Passados quase oito meses, o vereador Guerra (PROS) segue na cobrança junto a Copasa, para que seja construído um reservatório. Para conhecer o funcionamento, ele esteve na cidade de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Inaugurada em 2012, a barragem está localizada no rio Todos os Santos, situado na Cabeceira de São Pedro, com área inundada de 128 hectares, o que aumentaria a oferta de água para a população pelos próximos 50 anos. Isso significa um abastecimento regularizado, mesmo nos períodos de estiagem prolongada, para cerca de 130 mil pessoas. Tem capacidade para represar um volume total de 12.000.000 m³, atingindo uma cota máxima de 487,5 metros.
“Se tem lá cinco comportas de tomada d’água e está trabalhando com uma, porque estavam usando a sobra da água que saía do ladrão. E agora vamos pegar um período de seca, quando a gente chegar lá em agosto, se bobear estaremos com rodízio de água novamente em Caratinga. Eles estão contando com essa aguinha de Piedade, não concordei com aquilo, mas independe de mim”, declara o vereador.
Durante a visita, Guerra foi recepcionado por técnicos da Copasa, que explicaram o funcionamento do sistema. Ele acredita que Caratinga tem condições de receber projeto semelhante. “É completamente viável. É lógico que exige investimento, mas fizeram uma obra magnífica lá. Nossa cidade merece uma obra deste porte. E precisamos de uma resposta efetiva para os problemas da crise hídrica em Caratinga”.