CARATINGA – Aconteceu nesta terça-feira (17), no Fórum Desembargador Faria e Sousa, a última das três audiências de instrução do caso que ficou conhecido como “Mensalão de Caratinga”. Já haviam sido realizadas outras duas audiências de instrução e julgamento nos dias 3 e 10 de abril. Agora, o objetivo foi o interrogatório dos réus.
À época, a denúncia do caso foi feita pelo ex-servidor público municipal, Robson Ferreira Bastos, que atuava na Prefeitura de Caratinga como assessor de Geoprocessamento. Vídeos foram gravados em um pendrive e entregues ao Ministério Público. O caso ganhou repercussão em 2012, quando o MP realizou uma operação, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos envolvidos, na prefeitura e na Câmara Municipal e apreendidos 15 computadores, R$ 30 mil em espécie, R$ 250 mil em cheques. No entanto ninguém foi preso.
Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público, foi montado um esquema de propina no governo de João Bosco para “comprar” os vereadores, garantindo assim que os projetos de interesse do prefeito fossem aprovados.
A audiência teve por objetivo interrogar os réus João Bosco Pessine; a ex-secretária de Fazenda, Angelita Lélis; o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Edson Soares de Oliveira; o ex-chefe de gabinete, Edwy Gonçalves de Oliveira Júnior; os ex-vereadores Altair Soares, o “Tairinha”; Emerson da Silva Matos, o “Irmão Emerson”; e Ronilson Marcílio Alves; e o atual vereador Ricardo Heleno Gusmão, que também ocupou uma cadeira do legislativo no governo de João Bosco.