Volta e meia sou surpreendido com a pergunta, Qual é sua idade? Quando respondo, quase sempre ouço que a aparência é de uma pessoa mais jovem.
Bem, todos sabemos que as aparências enganam. Mas eu queria dizer algo em favor de minha aparente-e-verdadeira “juventude” na velhice: Não paro de sonhar, especialmente, de estudar!
Há alguns anos, quando aos 68 anos terminava meu mestrado, preparei um anteprojeto para fazer o doutorado. Infelizmente, não consegui os meios para realizar aquele sonho. Só que aquele sonho não morreu!
Qual foi a ideia que eu queria (e ainda quero) aprofundar na Academia?
Hoje de manhã tive o privilégio de ter os ouvidos atentos de minha neta muito especial – Lídia, com quem compartilhei a ideia. Pois, enquanto fazia minha pesquisa para o mestrado, descobri que Deus, em Seu coração, sente e Se declara ‘estar obrigado’ a atender o clamor justo do pobre! (Veja Êxodo 22.23, 27)
Você pode imaginar o que isso significa? E que revolução tal conhecimento poderia provocar no nosso meio?
Creio que se pode dividir as atitudes dos ministros em relação à pobreza em três grupos:
(1) A atitude dos que não querem ser nem ricos nem pobres – com isso, porém, muitos dizem (indiretamente), que nada pode ser feito pelos pobres, pois ‘sempre estarão aí´ – e, de fato, nada fazem;
(2) A atitude daqueles que querem ser ‘abençoados’ (entenda-se ‘ter em abundância, ou ter de sobra’ pois pensam que daí poderiam ‘ajudar’). Mas aí vem a pergunta: Qual é o nível de bênção que é necessário alcançar para poder começar a ajudar? Ou estou apenas me esquivando, e ‘cuidando de mim mesmo’?;
e (3), A atitude daqueles que creem que precisam fazer todo o possível para trazer mais justiça social na sociedade – como geralmente estão sozinhos neste empreendimento, precisam se aliançar com todo aquele que está incomodado com o perfil de desigualdade da sociedade – o que é muito bom, mas que tem consequências.
As três posições acima têm algo correto. Contudo, algo básico lhes falta. Do ponto de vista alcançado em minha pesquisa bíblico-teológica, há uma quarta atitude em relação ao pobre: para cumprir o mandamento de ajudar meu irmão pobre, preciso deveras da cooperação de Deus. Por incrível que pareça, é o que Ele, o Todo-Poderoso, mais deseja fazer!
Chamo em defesa desta posição o Pe José Comblin, que assim escreveu em 1985 em seu livro “Introdução Geral ao Comentário Bíblico”:
“[…] a opção de Deus pelos pobres não é um aspecto acessório da Bíblia: é o próprio núcleo da revelação […] Ela nos obriga a entender a totalidade da história num sentido bem preciso. A opção pelos pobres é precisamente o que nos dá a conhecer a essência de Deus. É a novidade cristã que diferencia o Deus cristão dos outros deuses da humanidade, quer dos deuses das filosofias, quer dos deuses das religiões.” p. 14-15.
E, pasmem! Isso é o que nós vemos sendo cumprido no início da igreja (Atos 4.32-35):
A multidão dos que criam estava unida de coração e propósito; ninguém afirmava ser sua alguma coisa que possuísse, mas tudo era compartilhado por todos. E com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos havia imensa graça. Pois não existia nenhum necessitado entre eles; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o valor do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos. E SE REPARTIA A QUALQUER UM QUE TIVESSE NECESSIDADE.
Contudo, mesmo que isso fica tão claro, creio que o segredo deste grande milagre que irá transformar o mundo está – primeiro que tudo – na oração, mas na oração e clamor do PRÓPRIO pobre!!!
Então, esta é a pesquisa que quero fazer nos próximos anos.
Tem alguém aí que quer ir junto nesta jornada? Eu diria, de coração: Seja bem-vindo!
E, claro, nossa Faculdade Uriel de Almeida Leitão está aí para promover tal tipo de oportunidade de pesquisa e estudo.
Venha, então, conhecer nosso programa de Teologia, e quem sabe uma ‘juventude perdida’ será restituída.
Rev. Rudi Kruger – Diretor Faculdade Uriel de Almeida Leitão
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