* Darkio Douglas Fazolo
Muitos poderão responder a estas perguntas com afirmativas tais como “dinheiro, política, fé, amor felicidade, etc.”, enfim, seriam muitas as definições, mas contrariando este pensamento eu diria que o que move o mundo, obviamente, nada mais é que o Conhecimento, até porque, o dinheiro e a política – entre outras especulações -, não fariam o menor sentido se o conhecimento não as deliberasse. O que dá características ao uso do dinheiro é a forma como o usamos e o valor que lhe é atribuído vem do conhecimento, enquanto a política – seja ela democrática, monárquica ou qualquer outro modelo – só tem sentido por conta do conhecimento empregado para leva-la a termo.
O conhecimento é, na minha humilde opinião, o princípio de tudo e imprescindível na manutenção de tudo: se não conhece, como poderá explanar sobre? Se não empreender as práticas que David Hume ou John Locke, na visão do empirismo, como alimentar o processo de conhecimento? Não escolhemos, o tempo todo, o que aprender, o conhecimento está à nossa disposição, livre, aberto e mais disponível do que nunca, de modo que, através do emprego dos cinco sentidos e da intuição, estamos constantemente aprendendo.
Em relação à questão “O que move você”, muitas outras questões podem ser elencadas, atais como os sonhos, o pensamento e, até, as próprias pernas. A concepção do “Humano”, do “Ser pensante”, exemplifica bem isso, já que o pensamento, de certa forma, é fruto do meio em que você está inserido, o que nos leva ao entendimento que, o que o move, é a sua consciência, fruto de seu conhecimento, afinal o homem como todo animal se diferencia pelo ato de pensar, raciocinar. No entanto, o homem também é ser instintivo, que aprende a caminhar por necessidade, a andar em direção aos seus objetivos e evolui para a maturidade, tornando-se um ser tecnológico, tudo isso em função do conhecimento adquirido ao longo de sua trajetória de vida.
Logo, analogamente podemos dizer que a evolução e a concepção de individuo estão ligadas, diretamente, ao conhecimento que ele absorve ao longo de toda uma trajetória; podemos entender que o mundo regido pelo capitalismo nada mais é do que a ideia concebida por alguém e que evoluiu até a interação econômica global; que a teoria de organização das sociedades e a política também são frutos deste conhecimento, sem o qual ainda poderíamos estar vivendo um processo arcaico; assim como a fé, que evidencia sua credibilidade em algo que supre aquilo que ainda não lhe é possível conhecer ou do qual não nos permitimos buscar mais aprofundamento.
Os grandes filósofos gregos empreenderam pela razão, a busca pela verdade. O filósofo René Descartes, entendia a Filosofia como sendo “a árvore onde a metafísica são as raízes, a física o tronco e as outras ciências os galhos, onde todos os conhecimentos estavam interligados”. Ele desenvolveu, em seus pensamentos, o princípio da dúvida, de forma que devêssemos duvidar de tudo, como forma de embasar os conhecimentos em busca da verdade absoluta. A busca pela verdade, a partir da ideia de iluminação – do período iluminista -, trazendo à tona as realizações humanas. Após anos de idade das trevas vividas na Idade Média, em que o conhecimento era derivado do divino (Deus), onde tudo se explicava pelo teocentrismo, tendo Deus como centro de todo o conhecimento, ou seja, o que quer que aconteça seria derivado de Deus. Esta evidencia de mundo se justificava pelo princípio da religião daquele período. Logo, no Iluminismo, quando o homem se torna o centro das coisas e elas passam a ser explicadas a partir da ideia de Antropocentrismo, o homem é quem produz e influencia o meio, logo sua evolução para uma nova fase se torna inerente e o homem passa a buscar mais o conhecimento e a transformar o seu meio. Após este contexto tivemos o que foi concebido como Revolução, tendo em vista as revoluções como a industrial que trouxe o indivíduo ao apogeu do mundo globalizado e tecnológico.
Conhecimento não ocupa espaço e é exclusivamente parte do indivíduo, único e evolutivo. Por isso, invista sempre em seu conhecimento!
Darkio Douglas Fazolo é Professor de História, Filosofia e Sociologia, Especialista em Gestão Educacional, Educação Especial e Inclusiva, História e Cultura Afro-Brasileira, Filosofia e Sociologia e Especialista em Maçonologia – História e Filosofia. Micro empresário do ramo da comunicação com a empresa Ideativa. Membro Ativo da Loja Maçônica Propter Humanitatem, de Manhumirim e Membro Efetivo da Academia Maçônica de Letras do Leste de Minas-AMLM.