Café
O mercado de café apresentou-se calmo nesta semana marcada pelo histórico julgamento do ex-presidente Lula. A condenação, por três votos a zero, trouxe otimismo aos mercados. O IBOVESPA fechou na quarta-feira (24) em alta de 3,72%, pela primeira vez acima dos 83 mil pontos, e o dólar caiu 2,47%, para R$ 3,1569. Pelo visto, o mercado quer ver o PT longe da administração do país. Será por que?
Café II
Também contribuiu para a queda do dólar declarações do secretário do Tesouro dos EUA durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Após as declarações, o dólar marcou no mercado internacional as menores cotações em três anos. Com o valor do dólar cedendo frente ao real, as cotações do café na ICE em Nova Iorque oscilaram bastante, mas fecham a semana acumulando ganhos de 390 pontos nos contratos com vencimento em março próximo.
Café III
O mercado físico brasileiro continua travado e com volume de negócios fechados abaixo do necessário para abastecer nossa exportação e nosso consumo interno. Os diferenciais alargados com que foram fechadas as vendas de cafés do Brasil para embarque neste semestre não permitem que os compradores cheguem, sem prejuízo, nos patamares de preços pretendidos pelos produtores de café. O mercado não contava com Nova Iorque em níveis tão baixos em plena entressafra no Brasil e com a firme resistência de boa parte dos cafeicultores. O fortalecimento do real frente ao dólar é mais um complicador.
Café IV
Na realidade, compradores e vendedores disputam, dia a dia, quem ficará com os prejuízos dessas vendas feitas com diferenciais alargados. Neste primeiro semestre de 2018 precisaremos de 15 milhões de sacas para manter um ritmo de embarques e 11 milhões de sacas para o consumo interno. Portanto necessitaremos de 26 milhões de sacas. Mesmo que em maio e junho o consumo interno já possa contar com algum café da nova safra de conilon, a situação é apertada.
Café V
Para se ter uma ideia da importância do consumo interno brasileiro para nossa cafeicultura, os nove maiores países importadores de cafés do Brasil compraram juntos em 2017 menos café brasileiro do que nosso consumo interno comprou. Segundo a ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, o consumo brasileiro em 2017 foi de 22 milhões de sacas. Os nove maiores importadores de cafés do Brasil compraram juntos em 2017 pouco mais de 21,6 milhões de sacas de nossos cafés. Não é à toa que todos os produtores mundiais de café e as grandes tradings internacionais procuram derrubar as barreiras e entrar com cafés de outras origens nesse mercado de 22 milhões de sacas.
Café VI
Em Caratinga, já se vão duas semanas sem chuvas e os cafeicultores estão apreensivos com um possível veranico que podem sacrificar as lavouras com cargas de café considerável. A meteorologia tem marcada chuva para semana que vem na região. Vamos aguardar que os volumes sejam suficiente para diminuir o déficit hídrico crescente dia a dia com o forte calor.
Política
Nesta semana, o prefeito de Caratinga Welington Moreira desengavetou mais um projeto de gestões passadas que ainda não teriam saído do papel, o Samu. A projeção é que em 18 de fevereiro o 192 telefone esteja atendendo as chamadas. O convênio assinado em julho de 2014, que na visão seria um prejuízo de gasto pela municipalidade e que não se sustentaria, já é uma realidade e colocará Caratinga e região em um patamar diferenciado no país, principalmente por que é cortada por uma rodovia de integração nacional, Rodovia Santos Dumont, conhecida com BR-116.
Abastecimento agrícola
Na semana passada, o deputado federal Mauro Lopes esteve em Caratinga ouvindo as reinvindicações dos produtores do CEASA MG quanto da duplicação do espaço de comércio. Nesta semana quem esteve em BH foi o secretário de Agricultura Alcides Leite e a diretora de abastecimento Renata Pena para pleitear mais verbas do PAA de Caratinga. Em 2017, o projeto em Caratinga distribuiu 468 toneladas de alimentos e por falta de verbas do governo federal poderá cair para 250 toneladas em 2018.
Mauro Lopes
O deputado federal do MDB, Mauro Lopes, garantiu em reunião com os gestores que em 2018 haverá mais recursos para o PAA em Caratinga. Oswaldo Teixeira, superintendente da CONAB MG, sugeriu à diretora de abastecimento de Caratinga, Renata Pena, que organizasse a documentação para que as associações possam pleitear ainda neste semestre recursos para reforçar o programa na cidade. (Foto: deputado Mauro Lopes e diretora de Abastecimento Renata Pena)
Capital Mineira
Depois da votação do processo do ex-presidente Lula em segunda instância, na capital mineira recomeçam as discussões da sucessão ao governo mineiro. O deputado estadual Adalclever é o mais cotado a compor chapa com Fernando Pimentel, substituindo Toninho Andrade, que já anunciou que irá disputar o cargo de deputado federal. O PT quer e confia em Adalclever como vice. (Foto: Vice-governador Toninho Andrade e Adalclever Lopes, presidente do legislativo mineiro)
Adalclever Lopes
Nos bastidores da política, o presidente da Assembleia não fala qual cargo irá disputar, só há um comentário que não viria mais como deputado estadual. Amigos próximos insistem para que ele saia como senador na chapa PT/MDB, já que seu pai Mauro Lopes não abriu mão do espaço de deputado Federal. Assim, Adalclever flutua entre o PT como vice-governador e a senador, como querem amigos próximos.
Caratinga
Na década de 40, na era Vargas, José Augusto Ferreira Filho nascido em Caeté, veio de Espera Feliz para se tornar prefeito de Caratinga (1942-46), indicado pelo então governador de Minas Benedito Valadares. Em 1946 deixou a prefeitura e foi eleito a deputado estadual pelo antigo PSD do qual foi eleito cinco vezes deputado estadual. Em 1972 a 1975 assumiu o cargo de senador da república. Assim consideramos que Caratinga já teve um senador.
Novos ventos
Hoje, depois de 43 anos acende a chama de novamente Caratinga ter um senador da república, o presidente do legislativo mineiro Adalclever Lopes. Ele, não diferente de Zé Augusto, já ocupou as cadeiras do legislativo por vários anos, vários mandatos, e agora está maduro na política numa investida maior ao senado federal. Representar Minas e os mineiros na grandeza de homens como Zé Augusto, Juscelino, Tancredo Neves e outros que brilharam no senado nacional.
Telefone Fixo
O DIÁRIO trouxe a notícia que os telefones fixos estão encolhendo numa proporção de 6% a cada ano. Na década de 80 para se obter uma linha de telefone era algo que custava uma boa soma de dinheiro e quem tinha um telefone fixo em casa era considerado rico. O governo para atender a população de menor poder aquisitivo inaugurava orelhões como obras comunitárias, de tão grande era a importância de se ter um telefone fixo. O mundo mudou e os telefones celulares se popularizaram e a realidade que o tempo dos telefones fixos está passando e hoje são apenas 40 milhões de linhas contra 210 milhões de telefones celulares.
Há esperança!!!
A licitação da MG-425 que liga Caratinga ao Vale do Aço, via Vargem Alegre, foi adiada conforme matéria do DIÁRIO do dia 26 de janeiro. Uma nova licitação acontecerá dia 6 de março no edifício sede do DEER e vamos torcer para que tudo dê certo e que a região ganhe mais este benefício aguardado há décadas.
Dr. Maninho
“Dr. Maninho, Homem do Povo”, livro de autoria de nossa maior escritora Marilene Godinho é um sucesso nas rodas de comentários políticos da santa terrinha. Ao falar do senador José Augusto, não podemos esquecer de falar da história do prefeito que revolucionou Caratinga no início da década 50. Os relatos abordados por Marilene em seu livro, demonstram o quanto Dr. Maninho transformou nossa cidade e criou costumes que sobrevivem até hoje. É banda!!! É desfile!!! E muito mais. Vale a pena ler!!! Imperdível.