Após tentativa frustrada de explosão de caixa eletrônico em Dores do Turvo, Filipim Branco tentou se refugiar numa mata, mas acaba preso pela PM
DA REDAÇÃO – Fillipe Moreira Quirino, o ‘Filipim Branco’, 26 anos, fugiu do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no dia 19 de dezembro de 2017, desde então, uma onda de explosões em caixas eletrônicos começou em Minas Gerais. Porém, após 23 dias de fuga, Filipim Branco acabou preso nesta quinta-feira (11) depois de uma tentativa frustrada de explosão em um caixa eletrônico do banco Bradesco na cidade de Dores do Turvo, Zona da Mata mineira. Sem saída, ele tentou se refugiar numa mata, mas acabou cercado e capturado pela Polícia Militar. Além de Filipim, mais quatro pessoas foram detidas e um arsenal foi apreendido
DORES DO TURVO
A ocorrência teve início nos primeiros minutos da madrugada de quinta-feira (11), quando um vigilante do banco ouviu barulhos vindos do local. Ele foi até o caixa, que fica no prédio da prefeitura de Dores do Turvo, e se deparou com o grupo tentando arrombar a máquina com uma marreta. Houve troca de tiros. No momento da ação, um motorista que passava pelo local foi rendido pela quadrilha. O veículo foi atingido pelos disparos, mas o condutor conseguiu fugir. A quadrilha escapou na mesma picape Fiat Strada em que chegara à prefeitura. Acionada, a PM encontrou no local 46 munições deflagradas de calibres 38, 12 e 9 milímetros. Também foi apreendido material explosivo. Um dos assaltantes, o suspeito Bruno da Silva Barbosa, 21 anos, teria sido reconhecido pelo vigilante. A PM deu início ao cerco e foi primeiramente até a casa do suspeito, que confessou participação no assalto. Os militares encontraram no local o carro usado na fuga, quatro pistolas, sendo três calibre .40 e uma 9 mm, dois revólveres calibre 38, duas espingardas calibre 12, dois coletes balísticos, grande quantidade de munições e a picape, com placa de Belo Horizonte. O suspeito disse que outras quatro pessoas, todas da capital, estavam com ele e se embrenharam em um matagal na zona rural de Dores do Turvo. Outra arma de fogo foi apreendida na casa do irmão do suspeito.
A PRISÃO DE FILIPIM
Com a chegada das equipes da PM de vários municípios, as buscas continuaram até a localização de Filipim, que estava escondido em um matagal, entre os municípios de Senador Firmino e Dores do Turvo. Mesmo cansado e ferido por se enrolar em uma cerca de arame farpado, ele ainda tentou tomar a arma de um policial até ser dominado e preso. No momento da prisão, segundo a PM, o foragido ainda tentou subornar os policiais ao oferecer R$ 100 mil para que fosse liberado.
Foram presas outras pessoas em Dores do Turvo e ainda em Viçosa, totalizando cinco pessoas presas pelo ataque. Os crimes que elas vão responder junto à Justiça: tentativa de roubo, sequestro (por fazer um morador de escudo durante o ataque ao banco), tentativa de homicídio contra o vigilante, associação criminosa e ainda por corrupção ativa, no caso do Filipim.
Todos foram encaminhados para a delegacia de Polícia Civil.
SUSPEITAS
Desde a fuga de Filipim Branco do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ocorrida em 19 de dezembro do ano passado, aumentaram as ocorrências de ataques a caixas eletrônicos. A Polícia acredita que Filipim tem conexão direta com esses crimes.
No dia 30 de dezembro de 2017, um caixa do banco Itaú foi alvo da ação de bandidos, o crime aconteceu na cidade de Entre Folhas. Já na madrugada do dia 4 de janeiro, os marginais agiram em Dom Cavati, onde explodiram caixas eletrônicos dos bancos Sicoob e Itaú, como também tentaram explodir o caixa eletrônico do Bradesco. Nestes dois crimes os bandidos conseguiram levar alguma quantia em dinheiro. Na madrugada de terça-feira (9), uma quadrilha esteve em Urucânia, onde atacou os equipamentos do banco Itaú, mas desta vez não foi levado nenhuma quantia.
Filipim estava preso justamente por esse tipo de crime. Originário de Caratinga, mas com residência em Ipatinga, acabou preso no dia 8 de maio de 2013 em um cerco da Polícia Militar feito no município de Naque, no Vale do Aço, depois de uma ação criminosa em Governador Valadares. Ele tentou resistir à prisão e trocou tiros com a polícia; ferido, refugiou-se em um paiol, porém acabou capturado.
Um comentário
Rita
Porque não pega esses bandidos e mata. Principalmente ladrões e quem pega as pessoas para fazer de refém. Se matassem pelos menos 1 poriginal dia já ajudava um pouco.