Ação da Polícia Ambiental teve como objetivo acabar com uma rinha de briga de galo
CÓRREGO NOVO – O 1º e o 2º Pelotão de Meio Ambiente de Ipatinga desencadearam ontem a operação Galo Novo. Ação teve como objetivo acabar com uma rinha de briga de galo. Os trabalhos foram realizados no córrego dos Cabritos, zona rural de Córrego Novo. 27 pessoas foram detidas, sendo necessário usar um ônibus para levá-las até a Delegacia de Polícia Civil, em Caratinga. A operação contou com a participação de 23 militares e recebeu o nome de Galo Novo em alusão ao município onde foi realizada.
Tenente Moura, comandante do 1º Pelotão, falou sobre a operação. “Há algum tempo, tenente Zanoti, comandante do 2º Pelotão, e a nossa equipe de Inteligência da Companhia de Meio Ambiente vinham recebendo informações a respeito de rinhas de galo que aconteciam nas zonas rurais e zonas urbanas de Córrego Novo e Pingo D’água. Então, passamos a fazer o devido monitoramento”.
O oficial ressaltou que o local onde se encontrava a rinha é de difícil acesso e voltado apenas para a prática de briga de galos. “A operação foi planejada durante a semana para que desse tudo certo e graças a Deus conseguimos efetuar a abordagem com segurança, tanto para nós quanto para os frequentadores, que em sua maioria são trabalhadores, que tem isso como uma prática de lazer, mas para a sociedade é algo abominável”.
Tenente Moura observou que o local tinha uma estrutura para receber várias aves. “Eram duas arenas para o combate dessas aves. Tinha água e congelador. Então era tudo voltado para o conforto de quem estava participando. Sobre as aves, algumas estavam machucadas, pois já haviam combatido”, relatou, acrescentando que no momento da abordagem, alguns frequentadores tentaram fugir, mas acabaram presos.
Sobre as 28 aves encontradas no local, tenente Moura disse que elas foram apreendidas e seriam examinadas por um veterinário. “Ele (veterinário) irá atestar se as aves devem receber algum medicamento e depois serão entregues a um depositário fiel. Como nós não temos no estado um órgão para receber aves domésticas, temos que deixá-las, de acordo com a lei, com um depositário fiel”.
Conforme apurou a reportagem, o fiel depositário seria o responsável pela rinha. Mas ele terá que manter os galos em condições saudáveis e apresentá-los quando a justiça determinar.
De acordo com o oficial, o imóvel era alugado. “Por ser uma atividade criminosa, procuram locais de difícil acesso para assim evitar uma abordagem da PM. Com isso, alugam locais abandonados”.
Durante os trabalhos, os policiais apreenderam duas armas de fogo, 24 munições calibre 38 e duas munições calibre 36.
Sobre os crimes, os envolvidos poderão ser indiciados por porte ilegal de arma, maus tratos a animais, corrupção de menores e manter pássaros em cativeiros, pois um coleiro foi encontrado em uma gaiola.
Um comentário
Letho Oliveira
Muito sensacionalismo, abominável mesmo é não ter segurança no ir vir diário, é a calamidade da saúde pública e a dilapidação dos cofres públicos, é uma força e ação policial a serviço de uma causa menor (um coleiro apreendido e alguns galos de combate) em detrimento de quantos animais encarcerado e abatidos diariamente na criatórios e abatedouros industriais quando o bem maior que se justificam defender é a vida, estas ações pra mim não passam de hipocrisia .
Criminalizam a culturas dos trabalhadores (como evidenciados na reportagem) que em contrapartida preservam essas magnificas aves com aptidões natas pros combates.