CARATINGA – O 62º Batalhão de Polícia Militar aderiu nessa segunda-feira (20), à campanha do Conselho Nacional de Justiça que está promovendo 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher com ações.
O movimento criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que busca sensibilizar a sociedade para o tema, sobretudo no Judiciário, se inspira na ação mundial denominada 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a mulher, que se iniciou em 1991, intitulada “as mariposas”, em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, assassinadas, em 1960, na República Dominicana. Submetidas às mais diversas situações de violência e tortura, dentre elas, o estupro, as irmãs foram silenciadas pelo regime ditatorial de Rafael Trujillo, no dia 25 de novembro de 1960.
De acordo com a sargento Cássia, que comanda da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica –PPVD, é um trabalho que a Polícia Militar de Minas Gerais estará desenvolvendo, de 20 de novembro a 10 de dezembro, com atividades voltadas pelo fim da violência contra a mulher. “A PPVD junto com uma rede que existe em Caratinga desenvolverá algumas atividades, uma campanha mesmo, de prevenção e orientação às mulheres que estão sofrendo essa situação. A patrulha tem um trabalho ativo no batalhão, que faz o atendimento e acompanhamento das vítimas e autores de violência doméstica, com o foco de quebra do ciclo de violência e retorno de vida social da mulher”, explicou a sargento.
A sargento Cássia destacou ainda que a melhor forma da mulher sair do ciclo de violência é não se calar. “Não aceite uma situação na qual você não está bem para viver nela, então não se cale, fale, denuncie, disque o 190, 181, 180, são todos esses canais para pedir socorro. Hoje existe até a delegacia virtual, se a mulher não quer polícia na sua casa, não tem condições de sair, vai na delegacia virtual, faça seu boletim de ocorrência que ele cai no filtro da PPVD, vai cair para a Polícia Civil e nós vamos até a pessoa”.
Questionada sobre o índice de violência contra mulher na cidade, a sargento Cássia disse que tem um número até alto na cidade, mas que é visto de outra forma pela PPVD. “Para a PPVD, não é negativo, porque estamos intensificando campanhas, então quanto maior o trabalho, a tendência é que a pessoa se conscientize e passe a denunciar. Então pra mim não significa que aumentaram os casos, e sim que está diminuindo a pessoa que se cala”, finalizou a sargento.
- Sargento Cássia comanda a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica