CARATINGA – Durante o período de pandemia cada alta hospitalar de pacientes curados da covid-19 no Casu – Hospital Irmã Denise tem sido comemorada com muita felicidade entre os colaboradores e pacientes. Na última sexta-feira, 14, a comemoração foi ainda mais intensa, já que a 100ª alta foi registrada na unidade hospitalar, que referência em Caratinga e região no tratamento da doença. O paciente Marcelo Alves Barreto, de 44 anos, foi o centésimo a vencer a doença no hospital. Ele é do município de Inhapim e ficou internado na enfermaria covid-19 durante 6 dias aos cuidados da equipe multidisciplinar.
O encanador industrial, Marcelo Barreto, foi transferido do Hospital São Sebastião, que fica em Inhapim, e chegou ao Casu apresentando febre, dispneia, diarreia, mialgia, ageusia, anosmia, dor torácica e tosse seca, com início dos sintomas há 10 dias. Teve o diagnóstico para a covid-19 confirmado e lutou pela vida. “É uma maravilha, muito bom saber que venci essa luta difícil, porque é uma luta pesada, a doença é perigosa e hoje eu venci. O atendimento foi fantástico, é referência, a equipe é fantástica e os médicos muito competentes. Desde de o faxineiro ao médico, ninguém deixa nada a desejar. Agradeço de coração a equipe por todo o empenho, e desejo que eles continuem assim. Desde que eu entrei aqui eu sou tratado como da família, ninguém aqui me tratou como um estranho”.
O hospital, que conta com 393 colaboradores, dispõe de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais de diversas áreas que atuam na linha de frente da pandemia. De acordo com a coordenadora da Enfermagem do Casu – Hospital Irmã Denise, Vaneusa Gomes, a felicidade não é apenas do paciente, mas de toda a equipe que o acompanhou em sua luta para vencer a doença. “Para nós, é um momento de muita superação, muita batalha, de muitos profissionais, que correram atrás e tiveram coragem para enfrentar o desconhecido. São momentos de superação e muito orgulho, eu posso dizer que a equipe do Hospital Irmã Denise como um todo, equipe multidisciplinar, todos se superaram. É uma sensação de gratidão entregar cada paciente curado para seus familiares”.
A humanização é a palavra chave do atendimento na unidade, e mais que isso é uma missão, como explica Vaneusa Gomes, que aproveita para agradecer a dedicação de toda a equipe. “Prestar um serviço humanizado, oferecer acolhimento, saber ouvir, saber conversar, neste momento tão difícil é essencial. E o acolhimento é com toda a equipe, com os pacientes e com os familiares. Gostaria de agradecer individualmente a cada técnico de enfermagem, cada médico e cada integrante da equipe multidisciplinar, muito obrigada por estarem aqui! Agradeço a cada um que abriu mão de estar com a família, com os amigos, e muitas vezes abre mão da presença dos filhos ou dos pais para poder estar aqui conosco, na linha de frente e salvando vidas. Que Deus abençoe cada um que nos ajuda direta ou indiretamente nessa missão”.
Todos que vencem a doença tem muito a contar sobre o processo de enfrentamento, e as fases da recuperação, mas há uma unanimidade entre todas essas histórias de superação: não há nada melhor do que voltar para casa e rever a família. “Ser o centésimo paciente é muito bom, melhor seria se não houvesse a doença, mas graças a Deus eu fui o centésimo que venceu. É uma sensação muito boa, poder voltar para casa como o número 100 que venceu essa doença aqui no hospital Casu de Caratinga. Desejo que todos vençam também, e que ninguém mais pegue, meu conselho é que se protejam. Lutem para não pegar essa doença, porque ela é terrível”, aconselha Marcelo Barreto.